Tantas formas de explicar o que sinto quando começo a escrever... A descrição que mais se aproximou da sensação que experimento é esta: “Sempre fui um aficionado pelas artes e artimanhas do ato de escrever. Sou daqueles que consideram toda frase um parto – o que não implica, necessariamente, sofrimento. Tudo começa com o intruso espermatozoide que se instala em nosso cérebro e passa a acionar a sinapse daquela ideia, que ali permanece e recusa a se apagar, insiste diariamente em ser transformada em ‘mensagem para os outros’: texto." (Fernando Paixão - Manual do Estilo Desconfiado). Acredito que o ato de escrever, mesmo a não ficção, como no caso do jornalismo, é um ato de pura criação. E isso de forma alguma atrapalha a precisão que o fato requer. A criação é a solução para que as notícias mais difíceis se tornem mais palatáveis a todo tipo de público. Nos dias atuais, da informação rápida, a preguiça no ato da leitura parece ter alcançado níveis críticos. Creio que só a escrita criativa é capaz de reverter este quadro. E, óbvio, sem nunca perder a objetividade do ato e a curiosidade, pois é ela que nos faz ir em busca do novo, seja esse novo uma notícia, uma tendência ou mesmo uma forma diferente de fazer..

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